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24/08/2012

TURISMO DE EXPERIÊNCIA É A MELHOR MANEIRA DE INTERAGIR E VIVENCIAR O DIA A DIA DO DESTINO ESCOLHIDO


Viagem de alta intensidade

Experiências únicas podem ser vividas em qualquer destino. Mas o segmento inspira a criação de produtos específicos, como passar um mês numa plantação de produtos orgânicos na Toscana, voar de balão na Turquia ou atuar em ONGs na África. Um exemplo é o The Real Mary Kings Close, em Edimburgo, na Escócia. Parte do centro histórico da cidade, que permaneceu completamente fechado por 400 anos, foi reaberta para visitação. “Depois de passar por um centro de interpretação para conhecer a história, a visita é feita em grupos de oito pessoas, acompanhados de um guia que faz com que os visitantes compreendam, por meio de sons, luzes e odores, como era a vida naquela parte da cidade durante a Idade Média”, conta Gândara.

No Brasil, o Ministério do Turismo e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe­quenas Empresas (Se­brae) estimulam algumas iniciativas, como a degustação de vinhos de produção regional no Rio Grande do Sul, os passeios históricos em Petrópolis e aventuras amazônicas em Belém. 

Em Curitiba também existem iniciativas voltadas para o turismo de experiência. A agência Aster, por exemplo, lançou no início de 2012 o roteiro Curitiba: Você está aqui. Ele foi criado através de uma pesquisa feita com moradores sobre os lugares mais representativos da cidade. 

De acordo com Mariana Halfen, sócia da Aster, o roteiro foca os pontos turísticos e seus personagens. “Buscamos trabalhar todos os sentidos. Na sorveteria do Gaúcho, por exemplo, oferecemos um sorvete. Tudo para que a experiência seja marcante”, diz. 

Rotina ignora conceito clássico de roteiro

Não foram simples viagens de férias. O contato com a cultura, a comidae as pessoas, permitiu que três jovens tivessem uma experiência muito mais enriquecedora do que um roteiro convencional poderia proporcionar. Embora em alguns casos o turismo não tenha sido o foco principal, a viagem proporcionou tudo aquilo que o segmento de experiência propõe. 

Durante as férias, em abril deste ano, a jornalista paulistana Karina Gomes, 23 anos, se juntou a um grupo de missionários e foi para o Senegal e Cabo Verde, na África. Embora estivesse trabalhando, ela teve a oportunidade de conhecer os dois países de maneira muito mais profunda. “Se fosse uma simples turista, provavelmente ficaria nos maravilhosos hotéis da orla, em Dakar, conheceria alguns pontos e só”, conta. 

Em três semanas no lugar, ela aprendeu a falar wolof (idioma local), comeu tieboudienne (comida típica, feita com arroz, comido com a mão), sentada no chão da casa de um senegalês. “Foram experiências incríveis. Aprendi mais sobre a cultura e procurei viver como eles vivem”, lembra. 

Com a universitária Jacqueline Chomatas, 22 anos, não foi diferente. Em 2010, ela passou quatro meses em Benin, no Oeste da África, onde dava aulas sobre doenças sexualmente transmissíveis e saneamento básico. Seu dia começava com um banho de balde (na casa onde ela morava, apesar de nova, não tinha água encanada), para em seguida negociar com o mototáxi a corrida até o trabalho.

Para Jacqueline, a experiência no Benin tornou-a um ser humano melhor em todos os aspectos. “A principal diferença foi ter a oportunidade de conviver diariamente com a beleza e a dificuldade de uma família típica do Benin. Se eu tivesse passado apenas alguns dias no Benin, talvez não tivesse a oportunidade de ter feito amigos para toda minha vida”, conta. 

A administradora Liliana Niederheitmann procurava uma experiência intensa, de aprendizado contínuo, descobertas, dificuldades e crescimento. E encontrou. Ela está na Índia, finalizando um projeto de captação de recursos para nutrição de crianças, através de uma pequena ONG na cidade de Bangalore.

Durante quase seis semanas de viagem, Liliana pôde conhecer o Sri Lanka e alguns destinos turísticos. “Consegui viajar em vários finais de semana. Após o fim do projeto, vou conhecer algumas cidades do norte da Índia, como Délhi, Jaipur e Agra”, conta.

Na opinião dela, a experiência, tanto no trabalho como na Índia, deu a oportunidade de refletir mais sobre o Brasil. “O contato com outras realidades sociais, etárias e religiosas amplia a visão de mundo e de quanto ele é rico. É uma oportunidade de autoconhecimento”.

Fonte: Gazeta do Povo 

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